A desigualdade na sociedade: O movimento dos sem teto e o dos sem terra

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu, no final da década de 90, com o compromisso de lutar, ao lado dos excluídos urbanos, contra a lógica perversa das metrópoles brasileiras: sobram terra e habitações, falta moradia. A especulação imobiliária transforma terra urbana em promessa de lucro e alimenta o processo de degradação humana, o caos urbano. Em que cidade não se encontram apartamentos vazios, prédios abandonados, terrenos na periferia à espera da valorização? Em qual centro urbano não há mendicância, morador de rua, submoradias?

O MTST tem como um dos seus objetivos combater a máquina de produção de miséria nos centros urbanos. A ocupação de terra, trabalho de organização popular, é a principal forma de ação do movimento. Quando ocupam um latifúndio urbano ocioso, os sem-teto resistem contra a lógica difundida como natural de que pobre nasce, vive e morre oprimido. Não aceitam a espoliação que muitos chamam de sina. Ao montar seus barracos de lona preta num terreno vazio, essas famílias cortam a cerca nada imaginária que protege a concentração de riqueza e de terra nas mãos de poucos. "

Os sem-teto agem de modo organizado. As ações envolvem de cem a duzentas famílias, que se instalam no local escolhido e informam às autoridades que passarão a viver ali, mesmo em condições precárias, até que lhes seja propiciada uma opção de moradia.

A maioria dos participantes do Movimento dos Sem-Teto são trabalhadores que não tem condições de pagar um aluguel, mínimo que seja, ou que não querem morar na periferia, pois não tem recursos para pagar aluguel e transporte até seus postos de trabalho. Há entre os sem-teto trabalhadores que ganham no máximo um salário mínimo, e muitos desempregados.

Já a má distribuição de terra no Brasil tem razões históricas, e a luta pela reforma agrária envolve aspectos econômicos, políticos e sociais. A questão fundiária atinge os interesses de um quarto da população brasileira que tira seu sustento do campo, entre grandes e pequenos agricultores, pecuaristas, trabalhadores rurais e os sem-terra. Montar uma nova estrutura fundiária que seja socialmente justa e economicamente viável é dos maiores desafios do Brasil. Na opinião de alguns estudiosos, a questão agrária está para a República assim como a escravidão estava para a Monarquia. De certa forma, o país se libertou quando tornou livres os escravos. Quando não precisar mais discutir a propriedade da terra, terá alcançado nova libertação. Com seu privilégio territorial, o Brasil jamais deveria ter o campo conflagrado. Existe mais de 355 milhões de hectares prontos para a agricultura no país, uma área enorme que equivale aos territórios de Argentina, França, Alemanha e Uruguai somados, mas só 72 milhões são utilizados, ou seja, 20% dessa terra têm algum tipo de plantação, enquanto os Estados Unidos detêm 270 milhões de hectares e utiliza 175 (65% das terras aráveis). No Brasil cerca da metade dessa terra destina-se à criação de gado.

Analisaremos então o conceito de desigualdade e as origens desta sem deixarmos de lado os fundamentos e as funções dos grupos que defendem mudanças. O problema dos sem teto e dos sem terra no Brasil é muito maior do que nos aparenta e vem carregado de fatos históricos que muitas vezes não é de conhecimento popular, nos tornando assim críticos alheios ao verdadeiro problema.

O conceito de exclusão é alvo de grandes debates e sua empregabilidade em estudos científicos e técnicos tem proporcionado a elaboração de quadros bastante valiosos de realidades díspares, sobretudo, porque permite a comparabilidade/diferenciação entre o que é ser/estar incluído socialmente e o que é ser/estar excluído, identificando os percursos, as condições históricas e as conseqüências desse processo.

Para estabelecermos um ponto de partida acerca da intensificação dos processos sociais excludentes, podemos verificar a obra do pensador francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Em “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” publicado em 1755, Rosseau identifica dois tipos de desigualdades, quais sejam, a primeira, considerando as diferenças entre sexo, raça, idade e condições de saúde e, a segunda, considerando aspectos morais e políticos presentes na estrutura organizacional das sociedades permitindo o estabelecimento de uma clivagem essencial para garantir a coexistência de poderosos e fracos, ricos e pobres. Estabeleceu-se, portanto, formas antagônicas vinculadas ao progresso da humanidade, na qual a riqueza (material e representada) também produziu uma série de iniqüidades que se traduziram em pobreza.

Considerando a formação social brasileira, é importante ressaltar que os processos sociais excludentes estão presentes desde os tempos coloniais, contudo se tornaram mais intensos durante o período de ditadura militar.  
“As desigualdades e os processos sociais excludentes vinculam-se ao temário geral do conceito de exclusão social. A sua emergência se dá, portanto, a partir da década de 1970 com o agravamento desses processos desiguais e excludentes nos países capitalistas diante da crise econômica mundial e das conseqüências advindas da adoção de políticas macroeconômicas neoliberais associadas às inovações tecnológicas.”
A nova exclusão social passa a ser retratada como manifestação de novos tipos de desigualdades como aqueles não-contemplados por políticas sociais de inclusão existentes, pelo desemprego estrutural generalizado, pelo aumento dos moradores de rua que caracterizam uma das formas de exclusão dos direitos humanos (o direito à moradia), formas de precarização do mundo do trabalho e de rendas insuficientes bem como os problemas relacionados com o advento da insegurança social ocasionada pela explosão de diversas formas de violência.

Nesse contexto agravam-se as dificuldades das classes que são alvo de nosso estudo - os sem teto e os sem terra -. São extraídos de políticas neoliberais e excludentes, movimentos hoje considerados “terroristas” pela maioria da população. Para falar sobre a trajetória do MST é preciso falar da história da concentração fundiária que marca o Brasil desde 1500. Por conta disso, aconteceram diversas formas de resistência como os Quilombos, Canudos, as Ligas Camponesas, as lutas de Trombas e Formoso, a Guerrilha do Araguaia, entre muitas outras. Fruto de um momento de opressão e grandes desigualdades, em janeiro de 1984, ocorre o primeiro encontro do MST em Cascavel, no Paraná, onde se reafirmou a necessidade da ocupação como uma ferramenta legítima das trabalhadoras e trabalhadores rurais. A partir daí, começou-se a pensar um movimento com preocupação orgânica, com objetivos e linha política definidos. Completando quase 30 anos de existência, o MST entende que seu papel como movimento social é continuar organizando os pobres do campo, conscientizando-os de seus direitos e mobilizando-os para que lutem por mudanças nos estados em que o Movimento atua e luta não só pela Reforma Agrária, mas pela construção de um projeto popular para o Brasil, baseado na justiça social e na dignidade humana.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), por sua vez, surgiu em 1997 da necessidade de organizar a reforma hurbana e garantir moradia a todos os cidadãos, além de lutar por um modelo de cidade mais justa. Está organizado em vários Estados brasileiros. É um movimento de caráter social, político e sindical. O MTST é uma organização político popular autônoma com princípios, programa e forma de funcionamento próprios. Além do trabalho organizado de luta por moradia, o MTST mobiliza pessoas em bairros pobres organizando lutas e propondo soluções para problemas que afligem os bairros periféricos.

Compreendemos que os movimentos sociais possuem determinações concretas advindas das relações de exploração e dominação capitalistas. Relações estas que se desdobram em opressões de classe, raça/etnia, gênero, geração, entre outras.

Nesse sentido, para compreender os movimentos sociais, faz-se necessário compreender o terreno que os gera: a sociedade capitalista. A contradição fundante do sistema econômico vigente centra-se na relação antagônica entre capital e trabalho. Reside aí o cerne das mais variadas expressões das desigualdades, mola propulsora dos movimentos sociais.

Scherer-Warren (1987, p. 20) qualifica os movimentos sociais como:
[...] uma ação grupal para transformação (a práxis) voltada para a realização dos mesmos objetivos (o projeto), sob a orientação mais ou menos consciente de princípios valorativos comuns (a ideologia) e sob uma organização diretiva mais ou menos definida (a organização e sua direção).
Para nós, os movimentos sociais devem se constituir como vozes coletivas que teimem em gritar contra a barbárie capitalista nas suas múltiplas refrações. Para tanto, a sua “práxis”, o seu “projeto”, os seus “princípios valorativos” e a sua “organização e direção” devem estar voltados para a transformação radical da sociedade capitalista. Nestes termos, os movimentos sociais são sujeitos coletivos que surgem como sínteses das desigualdades sociais e sobre elas devem atuar numa perspectiva transformadora, o que exige a eliminação da raiz dessas desigualdades: a contradição entre capital e trabalho.

Essas reflexões nos levam a crer na necessidade de resgatar a perspectiva classista dos movimentos sociais, ou seja, eles devem ter como cerne e ponto comum a luta de classes.

A maioridade penal no Brasil

No Brasil hoje, não é difícil encontrar menores que se utilizam de sua condição perante a lei para praticar crimes. Temos em nossa sociedade uma conduta protecionista com punições leves e de pouca eficiência para essa categoria de criminosos. Em verdade, para os infratores maiores de 18 anos essas pessoas tornaram-se uma ferramenta útil e de grande valia na prática de crimes. Parece restar ao cidadão comum o convívio com o medo gerado por associações assim caracterizadas.
Uma solução defendida por muitos é a diminuição da idade penal brasileira, o que tornaria o infrator que possui 16 anos totalmente responsável por seus atos criminais. Há de se dizer aqui que, sem dúvida, seria um avanço para nossa sociedade, que já admite um bom número de aberturas para essa faixa etária.
Vejo, no entanto, um pouco além sobre esta questão. Gosto de tratar os adolescentes como tal, sem tirar-lhes as responsabilidades devidas. Se pensarmos somente em jogá-los dentro de uma sela com bandidos duplamente perigosos, estaremos criando um problema maior para o futuro. Devemos discutir maneiras de se punir sem deixar de mostrar a eles os caminhos devidos, assegurando-lhes, antes de tudo, condições para uma boa formação e um bom convívio familiar e social.
Já nos é provado que os adolescentes são indivíduos em desenvolvimento e que para um resultado satisfatório não podemos nos esquivar das nossas responsabilidades. Atenho-me, porém, a dizer aqui que sim, sou a favor da diminuição da maioridade penal no Brasil, mas sem jogarmos para debaixo dos tapetes a sujeira acumulada. Se vamos mudar, que seja para melhor, que seja definitivo.
Trabalhar as bases que nos levam aos resultados atuais é necessário e atualizar o sistema é essencial. Não devemos jamais nos eximir do problema e nos convencer que afastando essas pessoas de nosso convívio teremos a solução.

Vamos ao Debate: "Da Discussão Nasce a Luz"

Como sempre existe, existiu e existirá alguma dúvida sobre algum assunto, é claro que essa dúvida precisará ser analisada e discutida, para que se possa chegar a algum consenso, ou a uma boa briga, dependendo do discernimento daqueles que estiverem nela envolvidos.

Com toda a certeza, será importante, e muito sábio termos em mente o quão produtivo e necessário é haver uma discussão, levada a bom termo, pois ao faze-lo, poderemos organizar nossos pensamentos e assim, nossas idéias ficarão mais claras. Por outro lado, ouvindo a outra pessoa, sempre aprenderemos algo novo, iremos rever posições ou alicerçar as nossas. Discutir é isso: trocar idéias. Assim, desde que bem direcionada, uma discussão sadia poderá esclarecer eventuais dúvidas surgidas.

Mas não se deve fazer disso um esporte. Sim, porque existem pessoas que adoram uma discussão. E ficam treinando com qualquer pessoa que exprima uma idéia. Quem de nós já não deparou com um "atleta" desses? Basta dizermos "é pau" que lá vem ele dizendo "não, é pedra". Fazem isso pelo simples prazer do contraditório. E jamais aceitam algo que contradiga suas idéias.

Outros ainda que fecham questão e saem logo com "não adianta tentar mudar minha opinião, não quero te ouvir". Não há portanto a permissão do diálogo pois se recusam até mesmo a ouvir a opinião do outro. E se insistirmos em expressar nossa idéia, olham passiva e ironicamente para nós dizendo "tá bom, vai, pode falar". Mas estarão automaticamente deletando tudo o que falarmos.

Com pessoas assim, jamais haverá um diálogo, são especialistas em monólogos. E assim, a luz permanecerá apagada. Nada se esclarecerá.

Desconhecem estes indivíduos o real prazer de uma discussão. E nela, apenas a tentativa de apenas expor ao outro o nosso ponto de vista, já lhe tira o prazer. Que dirá se o tentarmos convencer de algo. Já experimentou tentar convencer a um viciado dos malefícios da droga, do cigarro, da bebida, ou do jogo? Simplesmente dará de ombros, dizendo  "da minha vida sei eu..."

Na realidade, o ponto bom e positivo da discussão é mostrar ao outro o que pensamos, expondo nossa idéia. E em contrapartida ouvir o pensamento e a idéia do outro. Somente assim aprendemos e crescemos, pois muitas vezes, fazendo uma média entre nossa opinião e a de nosso interlocutor, poderemos chegar a um consenso, acendendo assim a luz que nossa "discussão" pariu...

Para que isso aconteça, devemos assimilar a idéia de que as pessoas que pensam diferente de nós não estão mais certas ou erradas, nem são melhores ou piores, apenas pensam diferente. Apenas isso. E seu pensar vale a pena ser ouvido e analisado, e até mesmo aproveitado em nosso beneficio, e, paralalemente , nossas ideías e ideais poderão ser igualmente por ele utilizados.

E nessa troca salutar de informações, é que poderemos chegar a um denominador comum. Crescermos juntos. Se todos pensassem igual estariamos vivendo em um mundo onde se pensa pouco. É das divergências bem discutidas e conversadas que sérios problemas podem ser resolvidos, e grandes coisas podem ser feitas.

Uma discussão no bom sentido, será apenas uma troca de ideías. Eu aproveito o seu potencial você aproveita o meu, resolvemos um problema, e poderemos chegar a ótimos resultados, possibilitando a todos termos, UM LINDO DIA.



Cuba: “VISÃO DE UM MUNDO DIFERENTE, QUE SEMPRE FOI VEDADA”


Depois da independência (1898), Cuba foi colocada sob influência dos Estados Unidos. Em 1934, Fulgência Batista assumiu o poder, com o apoio das forças dos Estados Unidos. Desde então, Batista passou a dirigir o Estado cubano nos bastidores de diversos governos, segundo interesses do imperialismo norte-americano.
A chamada Emenda Platt foi um dispositivo legal, inserido na Carta Constitucional de Cuba, que autorizava os Estados Unidos da América a intervir naquele país a qualquer momento em que interesses recíprocos de ambos os países fossem ameaçados. Desta forma, na prática, Cuba passou a ser um protetorado estadunidense. A Emenda representa a aplicação da chamada Política do Big Stick (na qual usava a força do exército para resolver problemas em um de seus estados), formulada pelo presidente estadunidense Theodore Roosevelt.
Nos anos seguintes, os investimentos estadunidenses na ilha ampliaram-se consideravelmente, fomentando a produção açucareira e os setores de transporte, serviços e de turismo.
Fidel Castro (2008): "a Emenda Platt e o colonialismo econômico que ela trouxe à ilha "foi uma das causas da revolução de 1959: "A Revolução (cubana) foi produto do domínio imperial."
Em 1952, por meio de um golpe de Estado, Fulgêncio Batista instalou no país uma ditadura.
Em 1953, um grupo de rebeldes chefiados por Fidel Castro Ruiz tentou tomar o poder por meio de um golpe contra Batista. A tentativa, porém, resultou em fracasso, e Fidel Castro foi preso.
Libertado em 1955, Fidel exilou-se no México, onde se uniu a outros exilados cubanos e organizou o retorno à ilha. No grupo de rebeldes, constituído por menos de 90 homens, destacava-se o médico argentino Ernesto Guevara de la Serna (Che).
No fim de novembro de 1956, o grupo partiu do México com destino a Cuba, onde iniciou a revolução para a tomada do poder.
Durante dois anos, a Guerra de Guerrilhas desenvolvida pelos rebeldes resultou na tomada de diversas cidades. As vitórias do grupo entusiasmavam a população, ampliando as adesões à causa revolucionária.
Em 31 de dezembro de 1958, Fulgêncio Batista fugiu para a República Dominicana; no dia seguinte, os revolucionários entraram em Havana.
Fidel Castro assumiu o controle do Estado e do Exército revolucionário, nacionalizou empresas estrangeiras e promoveu a reforma agrária, depois de expropriar terras da oligarquia cubana e de empresas norte-americanas.
Em 6 de junho de 1960, Cuba solicitou a duas refinarias de petróleo norte-americanas - Texaco e Esso - e uma inglesa, Shell, que refinassem uma partida de óleo importada da Rússia. As três companhias se recusaram a refinar o petróleo russo. Em 28 de junho Cuba nacionalizou as três refinarias.
Celina Arêas: “ O Setor de habitação foi o primeiro a ser alterado pela Revolução, nenhum habitante ficou sem moradia, quem possuía mais de uma, teve que dividir e hoje, não há indivíduos sem casa no país. No entanto, a educação sempre foi a principal prioridade dos governantes. Eles construíram um sistema de ensino gratuito que atinge desde a educação básica até a superior e zeraram os índices de analfabetismo. O comprometimento dos professores com a revolução cubana foi essencial para o sucesso da educação.”
Membros e seguidores do antigo regime ditatorial foram fuzilados ou se exilaram; o Exército regular e as forças policiais do governo Batista foram dissolvidos.
Em janeiro de 1961, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Cuba; em abril, exilados cubanos treinados pela CIA tentaram invadir Cuba e derrubar Fidel.
A fracassada tentativa de invasão na Baía dos Porcos (Operação Mongoose) acelerou o rompimento definitivo do governo cubano com o mundo capitalista.
Em dezembro de 1961, Fidel anunciou a adesão de Cuba ao socialismo, aproximando-se da União Soviética.
Com a derrocada da União Soviética, no fim da década de 1980, o regime cubano passou a enfrentar violenta crise econômica, acentuada pelo persistente embargo norte-americano.
O episódio conhecido como a crise dos mísseis de Cuba ocorrido em Outubro de 1962, foi um dos momentos de maior tensão da Guerra Fria. A crise é conhecida pelos russos como "crise caribenha" e pelos cubanos como "crise de outubro“.
A crise começou quando os soviéticos, em resposta a instalação de mísseis nucleares na Turquia em 1961 e à invasão de Cuba pelos estadunidenses no mesmo ano, instalou mísseis nucleares em Cuba. Em 14 de Outubro, os Estados Unidos divulgaram fotos de um vôo secreto realizado sobre Cuba apontando cerca de quarenta silos para abrigar mísseis nucleares.
Houve enorme tensão entre as duas superpotências  pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano anterior, encarou aquilo como um ato de guerra contra os Estados Unidos.
Raúl Modesto Castro Ruz (Birán, 3 de Junho de 1931) é um político cubano. É o segundo Presidente do Conselho de Estado da República de Cuba, desde 28 de fevereiro de 2008.
Ele é o irmão mais jovem do ex-presidente cubano Fidel Castro, e ocupa os seguintes cargos: presidente, vice-presidente do Conselho de Ministros, primeiro vice-presidente do Conselho de Estado de Cuba, vice-secretário do Politburo e do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC), e Supremo General das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea), e atual primeiro na Chefia de Comando.
Em 31 de julho de 2006, Raúl Castro assumiu o cargo de presidente do Conselho de Estado durante a transferência temporária de poder em virtude da enfermidade de Fidel Castro, cargo que viria a assumir com plenos poderes a 24 de Fevereiro de 2008.
Raúl prometeu "eliminar proibições" na ilha, mas reconheceu o legado de seu irmão, que ficou mais de 49 anos a frente do poder:” Nas próximas semanas, começaremos a eliminar as (proibições) mais simples, já que muitas delas tiveram como objetivo evitar o surgimento de novas desigualdades em um momento de escassez generalizada” declarou durante seu discurso de posse. Em março de 2008 Raúl Castro liberou a venda de computadores pessoais (PC's) e DVD's em Cuba, a venda de telefones celulares e televisores a cidadãos comuns também foi liberada.
No final de abril, Raul Castro convocou uma assembléia do Congresso do Partido Comunista Cubano (PCC) para o segundo semestre de 2009, para redefinir os eixos políticos e econômicos do país. O VI Congresso do PC, quando ocorrer, terá decorrido onze anos sem que se tenha reunido o órgão supremo de decisão política de Cuba.
Após ter permitido a venda de alguns produtos a cubanos, o governo de Raul Castro começou a ser mais bem visto pela mídia internacional, inclusive, com a expectativa de que Chanceleres europeus retirem as sanções contra Cuba.
Em junho de 2008 a União Européia aceitou abrir mão das sanções diplomáticas contra Cuba, abriu um processo de diálogo político incondicional com a ilha. A decisão foi tomada apesar dos pedidos dos Estados Unidos para que os países mantivessem uma postura dura contra Havana.
Em 3 de junho de 2009, a Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou por consenso a anulação da resolução de 1962, que expulsava a ilha da organização
No mesmo dia 3 de junho, o ex-presidente Fidel Castro, em artigo publicado no Granma, acusava a OEA de ter aberto as portas "ao cavalo de Tróia (os Estados Unidos) que apoiou as reuniões de cúpula das Américas, o neoliberalismo, o narcotráfico, as bases militares e as crises econômicas." Nos últimos anos, governos de esquerda do sub-continente também têm defendido a formação de um grupo regional alternativo à OEA, sem a presença dos EUA.
Os EUA suspenderam restrições para que familiares de cubanos vivendo no país possam viajar a Cuba e o fim de condicionantes para remessas de dinheiro a parentes. Empresas norte-americanas de telecomunicações também foram autorizadas a participar de licenciamentos em Cuba.
Mesmo tendo seu impacto minimizado por Fidel, essas medidas darão acesso quase irrestrito (e de difícil controle) aos cubamos para as redes de telecomunicações americanas.
Horas antes da resolução da assembléia da OEA, sete deputados americanos, a maioria deles republicanos, haviam apresentado um projeto de lei que suspende o apoio financeiro dos Estados Unidos à organização, caso Cuba seja readmitida como país-membro do grupo.
Só em 2006 o povo cubano conseguiu recuperar quase o mesmo padrão de vida do final da década de 1980, e a economia de Cuba ainda hoje sofre as consequências do rígido embargo comercial, imposto pelos Estados Unidos desde 1962. De acordo com as autoridades cubanas, o embargo norte-americano teria causado uma perda de mais de 79 bilhões de dólares à sua economia.
O índice de pobreza de Cuba era o sexto menor em 2004 dentre os 102 países em desenvolvimento pesquisados (de acordo com a Pnud, organismo da ONU).
Cuba está entre os 70 países do mundo que ostentam um alto Índice de Desenvolvimento Humano (acima de 0,800); em 2007 o IDH de Cuba foi 0,838 (51° lugar).
Em 2006 o crescimento econômico de Cuba, segundo as últimas estimativas da CIA, foi de 11.1% (estimativa), e segundo as estimativas da CEPAL o PIB cubano pode ter crescido 12,5% (estimativa).
A produção industrial cresceu 17.6% em 2006, pela estimativa da CIA. A renda per capita dos cubanos atingiu US$ 4.100 em 2006.
A biotecnologia cubana já gerou mais de 600 patentes para drogas novas e inovadoras como vacinas, proteínas recombinantes, anticorpos monoclonais, equipamento médico com software especial, e sistemas de diagnósticos.
Em Cuba a prestação de serviços relacionados à saúde é totalmente gratuito, o que se espelha em seus indicadores padrão. A taxa de mortalidade infantil abaixo de 5 anos em Cuba é 7, (índice só superado nas Américas pelo Canadá, onde é de 6; nos Estados Unidos é 8, e no Brasil 33). A expectativa de vida ao nascer em Cuba é de 75 anos para os homens e de 79 para as mulheres; nos Estados Unidos é de 75/80). A mortalidade adulta, de 15 a 60 anos, é em Cuba de 128 para os homens e de 83 para as mulheres, índices só superados, nas três Américas, pelo Canadá e pela Costa Rica (no Brasil é de 225/118).
Cuba era um país católico, mas o número de fiéis tem diminuído. No último censo os católicos praticantes eram 38,8%, os ateus 35,4%, religião yoruba (santeria) 17%, protestantes 6,6%, e os sem filiação/outros 2,2%.
Em Cuba 85% das famílias são donas de suas próprias casas - portanto não pagam aluguel - e os 15% restante pagam de aluguel 1 ou 2 dólares mensais, computado em forma de amortização.

O Governo de Itamar Franco: Inflação x Plano Real

Itamar assume interinamente a presidência em 2 de outubro de 1992, sendo formalmente aclamado presidente em 29 de dezembro de 1992, quando Collor renuncia ao cargo. O Brasil estava no meio de uma grave crise econômica, tendo a inflação chegado a 1100% em 1992, e alcançado quase 6000% no ano seguinte. Itamar trocou de ministros da economia várias vezes, até que Fernando Henrique Cardoso assumisse o Ministério da Fazenda.
Em Abril de 1993, cumprindo com o previsto na Constituição de 1988, o governo realiza um plebiscito para a escolha da forma e do sistema de governo no Brasil. Quase 30% dos votantes não compareceram ao plebiscito ou anularam o voto. Dos que comparecem às urnas, 66% votaram a favor da república, contra 10% favoráveis à monarquia. O presidencialismo recebeu cerca de 55% dos votos, ao passo que o parlamentarismo obteve 25% dos votos. Em função dos resultados, foi mantido o regime republicano e presidencialista.
Em fevereiro de 1994, o governo Itamar lançou o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazenda a partir de idealização do economista Edmar Bacha, que estabilizou a economia e acabou com a crise hiperinflacionária. Beneficiado pelo sucesso do plano, Fernando Henrique Cardoso passou a ser o candidato oficial à sucessão de Itamar, e foi eleito presidente em outubro de 1994, assumindo a presidência em 1 de janeiro de 1995.

A Coreia do Norte e o mundo

A coreia do Norte é um dos poucos países socialistas restantes no mundo, vem sofrendo dificuldades econômicas desde o fim da União Soviética. Em 1945 os japoneses foram expulsos da península coreana e forças soviéticas e estadunidenses ocuparam a área. Houve uma tentativas de imposição de legitimidade,  a paz se mantinha fragilmente.
* Soviéticos ao norte
* Estadunidenses ao sul
Em 25 de junho de 1950 a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul e deu início a uma grande guerra, envolvendo China e União Soviética de um lado e os EUA do outro.
Já 27 de julho de 1953 foi assinado um armistício entre o comandante do exército norte-coreano e um representante da ONU, criando uma zona desmilitarizada entre os dois países. Um regime de partido único tal qual o soviético foi implantado no país e tem sido assim até hoje.
A Coreia do Norte apresentava bons índices de desenvolvimento econômico e industrial durante todo o terceiro quarto do século XX, graças à ajuda da URSS e ao cenário econômico mundial. A partir da crise do petróleo que surgiu nos anos 1970 o país sucumbiu diante da modernização tecnológica e econômica dos países capitalistas e não mais conseguiu se reerguer.
Hoje depende freqüentemente de ajuda humanitária e apresentou, em 1995, um IDH com o Coeficiente de Gini no valor de 0.766, similar ao da China nos dias atuais, e superior ao IDH do Brasil na época. Mas o país, que passa por crises sociais graves busca acordos multilaterais para se re-erguer.
Em 1994 morreu Kim Il-sung, que governara o país desde 1948. Seu filho, Kim Jong-il, assumiu o comando do partido dos trabalhadores norte-coreano em 1997, e seguindo a linha do pai, opõe-se à abertura econômica do país, inflando gastos com o setor militar, possivelmente para barganhar algo dos inimigos políticos.
“A Coreia do Norte anunciou ter realizado "com sucesso" um novo teste nuclear e ameaçou executar novas ações, em um desafio aberto à comunidade internacional. O regime ditatorial de Pyongyang desconsiderou, assim, as pressões internacionais que tentam obrigar o país a renunciar às ambições atômicas.”
MANIFESTAÇÕES INTERNACIONAIS: Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e União Europeia manifestaram "grande preocupação", assim como Coreia do Sul e Japão. A China, principal aliada da Coreia do norte e com poder de veto no Conselho da ONU, ainda não se pronunciou.
FOLHA DE SÃO PAULO
"De acordo com a demanda dos nossos cientistas e técnicos, a nossa república realizou com sucesso um teste nuclear subterrâneo em 25 de maio [...] como parte das medidas para reforçar sua potência nuclear em autodefesa", afirmou o governo da Coreia do Norte segundo a KCNA, agência oficial do país. O teste foi realizado "em um novo nível, mais elevado em termos de força explosiva e de tecnologia de controle"
A Coreia do Norte ameaçou ainda realizar mais testes, caso os Estados Unidos prossigam com o que chamou de "política de intimidação", afirmou um funcionário da embaixada norte-coreana em Moscou.
O governo da Coreia do Norte afirmou ter realizado um teste nuclear no último dia 25 DE MAIO que despertou revolta na comunidade internacional. Desde então, o ditador Kim Jong-il já realizou diversos testes de mísseis, sob o pretexto de que seu programa tem intuito de "autodefesa" e em protesto contra sanções que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) ameaça impor ao país.
Fatos
Agosto de 1998 - Coreia do Norte lança um míssil contra o Japão, que caiu no oceano pacífico. Na época, o governo afirmou que se tratava de um satélite.
Setembro de 1999 - Coreia do Norte começa a fazer testes com mísseis de longo alcance.
Junho 2001 - Coreia do Norte ameaça os Estados Unidos que iriam recomeçar os testes envolvendo mísseis, caso não houvesse uma normalização nas relações entre os dois países.
Julho 2001 - Departamento de Estado americano relata informações de testes envolvendo mísseis de longo-alcance pela Coreia do Norte.
Setembro 2002 - Coreia do Norte pede para o Japão estender o prazo para testes com mísseis após 2003.
10 de janeiro 2003 - Coreia do Norte anuncia retirada do programa nuclear.
10 de março 2003 - Coreia do Norte lança míssil em água da costa leste entre a Coreia do Sul e o Japão.
Outubro 2003 - Coreia do Norte lança dois mísseis de um navio. Toru Hanai/Reuters Japão posicionou tropas na expectativa de um ataque iminente e ameaçou revidar
Maio 2004 - Coreia do Norte reafirma que tentará acordo com o Japão para a liberação dos testes nucleares.
Maio 2005- Coreia do Norte lança míssil no mar do Japão.
8 de março 2006 - Coreia do Norte faz o lançamento de dois mísseis.
18 de junho 2006 - Coreia do Norte pede apoio militar e governo dos Estados Unidos acusa o país de provocar uma guerra.
5 de julho 2006 - Coreia do Norte lança vários mísseis no mar do Japão, incluindo os modelos de longa distância Taepodong-2.
15 de julho 2006 - O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) adotou a resolução número 1695 que proíbe o programa nuclear da Coreia do Norte.
9 de outubro 2006- Coreia do Norte realiza testes secretos nucleares, citando que os Estados Unidos representam um "grande ameaça nuclear".
15 de outubro 2006 - O Conselho de Segurança da ONU adota a resolução 1718 que condena os testes e impõe sanções a Coreia do Norte por manter atividades nucleares em sigilo.
14 de julho 2007 - Coreia do Norte fecha o principal reator nuclear Yongbyon e começa a desabilitá-lo.
27 de junho 2008 - Coreia do Norte destrói a torre do Yongbyon.
19 de setembro 2008 - Coreia do Norte promete restaurar chave de reator atômico.
11 de outubro 2008 - Estados Unidos retira a Coreia do Norte da lista de países com ameaça ao terrorismo.
15 de fevereiro 2009 - Coreia do Norte alega ter direito a desenvolver programas espaciais.
23 de fevereiro 2009 - Coreia do Sul afirma ter uma gravação que comprova que Pyongyang tem mísseis voltados para o norte da Austrália.
11 de março 2009 - Coreia do Norte afirma que lançará um satélite entre os dias 4 e 8 de abril.
5 de abril 2009 - Coreia do Norte lança míssil da base Musundan-ri na costa norte do país.
29 de abril 2009 - Coreia do Norte ameaça realizar um novo teste nuclear e lançar um míssil de alcance intercontinental. A ameaça é reação à condenação do Conselho de Segurança da ONU pelo lançamento de um foguete de longo alcance no dia 5.
25 de maio 2009 - Coreia do Norte confirma realização de segundo teste nuclear. Antes disso, teste foi realizado em outubro de 2006.
Fragilizado por desastres naturais e pela estagnação econômica, o regime comunista da Coreia do Norte tem utilizado o seu programa nuclear como forma de prevenir qualquer ataque ao país e para conseguir vantagens em negociações internacionais, principalmente depois que foi classificado, em 2002, como parte do "eixo do mal" -- ao lado do Irã e do Iraque-- pelo então presidente americano George W. Bush (2001-2009).
No ano seguinte, o governo norte-coreano retirou o país do tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e anunciou que havia alcançado progressos técnicos no desenvolvimento de armas nucleares. No mesmo ano, no entanto, o país aceitou participar de negociações sobre o programa nuclear com a Coreia do Sul, China, Japão, Rússia e os Estados Unidos, mas abandonou as conversações em 2005.
Em 2006, a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear, três meses após lançar vários mísseis, entre eles um Taepodong de longo alcance, mas, após a demonstração de força, retomou as negociações em dezembro. No ano seguinte, em troca de ajuda internacional e do descongelamento de fundos depositados no exterior, o governo norte-coreano concordou em começar o fechamento de seu reator nuclear e a permitir a volta de inspetores da ONU ao país.
Diante de pressão internacional e da ameaça de novas sanções, a Coreia do Norte expulsou no dia 14 de abril os inspetores estrangeiros que fiscalizavam a desativação de instalações nucleares.
No mesmo dia, o ministro das Relações Exteriores norte-coreano afirmou que o país rechaçava firmemente o documento da ONU que condenava o lançamento - sem impor novas sanções - e disse que as conversas "entre os seis países [sobre a desnuclearização] não são mais necessárias". "Nós não participaremos nunca mais dessas discussões e não nos consideramos obrigados por nenhuma decisão adotada nessas instâncias".

O Mundo sob a Guerra Fria (1945-1990)

Após a guerra, os EUA lideravam o bloco dos países capitalistas, e os Soviéticos lideravam o bloco dos países socialistas
Os que mais sofreram com este enfrentamento político-ideológico destes dois blocos foram os chamados países de terceiro mundo (nações subdesenvolvidas da América Latina, Ásia e África, ou seja, mais de dois terços da população)
Os governantes de EUA e URSS acusavam-se mutuamente de pretensões de domínio do mundo. Prevendo um possível confronto, os dois blocos trataram de se armar e fazer alianças  militares, além de dar início à corrida nuclear armamentista
Em 1948 aconteceu o chamado Pano MARSHAL, que levou ajuda financeira aos países abalados pela guerra (França, Inglaterra, Itália e Alemanha Ocidental)
Em 1949 surge uma aliança militar liderada pelos EUA chamada de Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) – Os países membros conservaram o capitalismo e se tornaram totalmente anticomunistas
Stalín tomou providencias para controlar o leste europeu. Expulsando e perseguindo inimigos políticos.  Em 1955, revidando à criação da OTAN, o bloco socialista promoveu uma aliança militar chamada de Pacto de Varsóvia.
À partir de 1989, impulsionada pela PERESTRÓIKA e pela GLASNOST os governos comunistas foram derrubados, e os países passaram a procurar a democracia política e o desenvolvimento econômico  O clima de rivalidade levou as grandes potências à chamada Corrida Armamentista e especial (Quem lançaria o primeiro satélite? Quem faria o primeiro vôo espacial tripulado por astronautas? Quem pousaria primeiro na Lua?)
Perestroika: Gorbachev sentiu que a União Soviética deveria: desocupar o Afeganistão, negociar com os Estados Unidos da América a redução de armamento (os acordos de Yalta) e não interferir em outros países comunistas (A Doutrina Sinatra).
Glasnost: Deu novas liberdades à população, como uma maior liberdade do discurso - uma modificação radical, visto que o controle de discurso e supressão da crítica do governo tinha sido anteriormente uma parte central do sistema soviético.
Nos anos 70 os conhecimentos foram utilizados para o desenvolvimento de satélites artificiais
 A queda do muro de Berlim (1989) e a dissolução da URSS (1991) foram apontadas como os episódios marcantes do fim da Guerra Fria, assinalando a vitória do capitalismo.
No entanto a pobreza e as diferenças aumentam geometricamente, novas doenças surgiram (AIDS – SIDA), mortalidade infantil, educação de qualidade ficando cada vez mais rara, egoísmo, corrupção.  Tudo isto ligado direta ou indiretamente ao processo de globalização.
Entre 1945 e 1990, o mundo viveu sob a Guerra Fria, um conflito indireto entre os Estados Unidos e a União Soviética e os sistemas que representaram. Diversos incidentes nesse período ameaçaram a humanidade de um ataque nuclear fatal, levando ao “equilíbrio do terror”. Esse sistema bipolar, contudo, entrou em crise e desagregou-se a partir das iniciativas dentro da própria União Soviética, tomando o mundo todo de surpresa. Na América Latina, a Guerra Fria também provocou mudanças, fosse pelo alinhamento ao capitalismo fosse pela reação a ele.
A expressão Guerra Fria, que parece ter sido utilizada pela primeira vez por um jornalista norte-americano na década de 50, designa o confronto ideológico, político, econômico e militar entre os Estados Unidos e União Soviética no período que vai do final da Segunda Guerra à queda do Muro de Berlim, em 1989 e à desintegração da URSS, em 1991. Embora não tenha se constituído num conflito direto entre os dois países, a Guerra Fria deu origem a um estado de tensão permanente. Que foi o traço marcante desse período.
         Tornando-se como marcos significativos da Guerra Fria a explosão das bombas nucleares sobre o Japão e a queda do Muro de Berlim.
         A Guerra Fria Clássica: 1945-1955;
         A Coexistência Pacífica ou distensão: 1955-1981;
         A “Nova” Guerra Fria: 1981-1989.