A Coreia do Norte e o mundo

A coreia do Norte é um dos poucos países socialistas restantes no mundo, vem sofrendo dificuldades econômicas desde o fim da União Soviética. Em 1945 os japoneses foram expulsos da península coreana e forças soviéticas e estadunidenses ocuparam a área. Houve uma tentativas de imposição de legitimidade,  a paz se mantinha fragilmente.
* Soviéticos ao norte
* Estadunidenses ao sul
Em 25 de junho de 1950 a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul e deu início a uma grande guerra, envolvendo China e União Soviética de um lado e os EUA do outro.
Já 27 de julho de 1953 foi assinado um armistício entre o comandante do exército norte-coreano e um representante da ONU, criando uma zona desmilitarizada entre os dois países. Um regime de partido único tal qual o soviético foi implantado no país e tem sido assim até hoje.
A Coreia do Norte apresentava bons índices de desenvolvimento econômico e industrial durante todo o terceiro quarto do século XX, graças à ajuda da URSS e ao cenário econômico mundial. A partir da crise do petróleo que surgiu nos anos 1970 o país sucumbiu diante da modernização tecnológica e econômica dos países capitalistas e não mais conseguiu se reerguer.
Hoje depende freqüentemente de ajuda humanitária e apresentou, em 1995, um IDH com o Coeficiente de Gini no valor de 0.766, similar ao da China nos dias atuais, e superior ao IDH do Brasil na época. Mas o país, que passa por crises sociais graves busca acordos multilaterais para se re-erguer.
Em 1994 morreu Kim Il-sung, que governara o país desde 1948. Seu filho, Kim Jong-il, assumiu o comando do partido dos trabalhadores norte-coreano em 1997, e seguindo a linha do pai, opõe-se à abertura econômica do país, inflando gastos com o setor militar, possivelmente para barganhar algo dos inimigos políticos.
“A Coreia do Norte anunciou ter realizado "com sucesso" um novo teste nuclear e ameaçou executar novas ações, em um desafio aberto à comunidade internacional. O regime ditatorial de Pyongyang desconsiderou, assim, as pressões internacionais que tentam obrigar o país a renunciar às ambições atômicas.”
MANIFESTAÇÕES INTERNACIONAIS: Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e União Europeia manifestaram "grande preocupação", assim como Coreia do Sul e Japão. A China, principal aliada da Coreia do norte e com poder de veto no Conselho da ONU, ainda não se pronunciou.
FOLHA DE SÃO PAULO
"De acordo com a demanda dos nossos cientistas e técnicos, a nossa república realizou com sucesso um teste nuclear subterrâneo em 25 de maio [...] como parte das medidas para reforçar sua potência nuclear em autodefesa", afirmou o governo da Coreia do Norte segundo a KCNA, agência oficial do país. O teste foi realizado "em um novo nível, mais elevado em termos de força explosiva e de tecnologia de controle"
A Coreia do Norte ameaçou ainda realizar mais testes, caso os Estados Unidos prossigam com o que chamou de "política de intimidação", afirmou um funcionário da embaixada norte-coreana em Moscou.
O governo da Coreia do Norte afirmou ter realizado um teste nuclear no último dia 25 DE MAIO que despertou revolta na comunidade internacional. Desde então, o ditador Kim Jong-il já realizou diversos testes de mísseis, sob o pretexto de que seu programa tem intuito de "autodefesa" e em protesto contra sanções que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) ameaça impor ao país.
Fatos
Agosto de 1998 - Coreia do Norte lança um míssil contra o Japão, que caiu no oceano pacífico. Na época, o governo afirmou que se tratava de um satélite.
Setembro de 1999 - Coreia do Norte começa a fazer testes com mísseis de longo alcance.
Junho 2001 - Coreia do Norte ameaça os Estados Unidos que iriam recomeçar os testes envolvendo mísseis, caso não houvesse uma normalização nas relações entre os dois países.
Julho 2001 - Departamento de Estado americano relata informações de testes envolvendo mísseis de longo-alcance pela Coreia do Norte.
Setembro 2002 - Coreia do Norte pede para o Japão estender o prazo para testes com mísseis após 2003.
10 de janeiro 2003 - Coreia do Norte anuncia retirada do programa nuclear.
10 de março 2003 - Coreia do Norte lança míssil em água da costa leste entre a Coreia do Sul e o Japão.
Outubro 2003 - Coreia do Norte lança dois mísseis de um navio. Toru Hanai/Reuters Japão posicionou tropas na expectativa de um ataque iminente e ameaçou revidar
Maio 2004 - Coreia do Norte reafirma que tentará acordo com o Japão para a liberação dos testes nucleares.
Maio 2005- Coreia do Norte lança míssil no mar do Japão.
8 de março 2006 - Coreia do Norte faz o lançamento de dois mísseis.
18 de junho 2006 - Coreia do Norte pede apoio militar e governo dos Estados Unidos acusa o país de provocar uma guerra.
5 de julho 2006 - Coreia do Norte lança vários mísseis no mar do Japão, incluindo os modelos de longa distância Taepodong-2.
15 de julho 2006 - O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) adotou a resolução número 1695 que proíbe o programa nuclear da Coreia do Norte.
9 de outubro 2006- Coreia do Norte realiza testes secretos nucleares, citando que os Estados Unidos representam um "grande ameaça nuclear".
15 de outubro 2006 - O Conselho de Segurança da ONU adota a resolução 1718 que condena os testes e impõe sanções a Coreia do Norte por manter atividades nucleares em sigilo.
14 de julho 2007 - Coreia do Norte fecha o principal reator nuclear Yongbyon e começa a desabilitá-lo.
27 de junho 2008 - Coreia do Norte destrói a torre do Yongbyon.
19 de setembro 2008 - Coreia do Norte promete restaurar chave de reator atômico.
11 de outubro 2008 - Estados Unidos retira a Coreia do Norte da lista de países com ameaça ao terrorismo.
15 de fevereiro 2009 - Coreia do Norte alega ter direito a desenvolver programas espaciais.
23 de fevereiro 2009 - Coreia do Sul afirma ter uma gravação que comprova que Pyongyang tem mísseis voltados para o norte da Austrália.
11 de março 2009 - Coreia do Norte afirma que lançará um satélite entre os dias 4 e 8 de abril.
5 de abril 2009 - Coreia do Norte lança míssil da base Musundan-ri na costa norte do país.
29 de abril 2009 - Coreia do Norte ameaça realizar um novo teste nuclear e lançar um míssil de alcance intercontinental. A ameaça é reação à condenação do Conselho de Segurança da ONU pelo lançamento de um foguete de longo alcance no dia 5.
25 de maio 2009 - Coreia do Norte confirma realização de segundo teste nuclear. Antes disso, teste foi realizado em outubro de 2006.
Fragilizado por desastres naturais e pela estagnação econômica, o regime comunista da Coreia do Norte tem utilizado o seu programa nuclear como forma de prevenir qualquer ataque ao país e para conseguir vantagens em negociações internacionais, principalmente depois que foi classificado, em 2002, como parte do "eixo do mal" -- ao lado do Irã e do Iraque-- pelo então presidente americano George W. Bush (2001-2009).
No ano seguinte, o governo norte-coreano retirou o país do tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e anunciou que havia alcançado progressos técnicos no desenvolvimento de armas nucleares. No mesmo ano, no entanto, o país aceitou participar de negociações sobre o programa nuclear com a Coreia do Sul, China, Japão, Rússia e os Estados Unidos, mas abandonou as conversações em 2005.
Em 2006, a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear, três meses após lançar vários mísseis, entre eles um Taepodong de longo alcance, mas, após a demonstração de força, retomou as negociações em dezembro. No ano seguinte, em troca de ajuda internacional e do descongelamento de fundos depositados no exterior, o governo norte-coreano concordou em começar o fechamento de seu reator nuclear e a permitir a volta de inspetores da ONU ao país.
Diante de pressão internacional e da ameaça de novas sanções, a Coreia do Norte expulsou no dia 14 de abril os inspetores estrangeiros que fiscalizavam a desativação de instalações nucleares.
No mesmo dia, o ministro das Relações Exteriores norte-coreano afirmou que o país rechaçava firmemente o documento da ONU que condenava o lançamento - sem impor novas sanções - e disse que as conversas "entre os seis países [sobre a desnuclearização] não são mais necessárias". "Nós não participaremos nunca mais dessas discussões e não nos consideramos obrigados por nenhuma decisão adotada nessas instâncias".

Nenhum comentário: