José Ribamar Ferreira de Araújo Costa Ingressou na vida pública na década de 1950. Foi deputado federal em 1955. É o parlamentar mais antigo ainda em atividade no Congresso Nacional.
Ao longo de sua carreira política, foi diversas vezes deputado, foi governador do Maranhão entre 1966 e 1971, senador pelo Maranhão entre 1971 e 1985 e Presidente da República de 1985 a 1990. Já integrou a UDN, foi líder do governo Jânio Quadros na Câmara dos Deputados, foi presidente da ARENA e do PDS, e posteriormente filiou-se ao PMDB.
Para a eleição presidencial de 1985, a Frente Liberal (dissidência do PDS) indicou-o para compor, como candidato a vice-presidente, a chapa da Aliança Democrática, encabeçada por Tancredo Neves. Após deixar a presidência, em 1990, Sarney continuou sua trajetória política como senador, agora pelo estado do Amapá. Foi presidente do Senado Federal de 1995 a 1997 e de 2003 a 2005, cargo que ocupa novamente desde 2 de fevereiro de 2009. Cumpre ressaltar que o presidente do Senado é concomitantemente o presidente do Congresso Nacional.
O PODER DA FAMÍLIA
José Sarney é pai de Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão, do deputado federal Sarney Filho e do empresário Fernando José Sarney. A família controla o conglomerado Sistema Mirante de Comunicação, dono de três emissoras e dezenas de retransmissoras de televisão Rede Mirante (afiliadas à Rede Globo), seis emissoras de rádio (Rádio Mirante AMs e FMs e o jornal O Estado do Maranhão.
PRIMEIRAS CRÍTICAS
Adversários, jornalistas e cientistas já se referiram ao período de preponderância da família Sarney na política maranhense como uma época de "dominação" da "mais antiga oligarquia política vigente no país“.
REVISTA VEJA: "o resultado desse domínio é visível a olho nu: a família Sarney está milionária, mas o Maranhão lidera o ranking brasileiro de subdesenvolvimento.“
REVISTA VEJA: "o resultado desse domínio é visível a olho nu: a família Sarney está milionária, mas o Maranhão lidera o ranking brasileiro de subdesenvolvimento.“
Também já foram criticados o controle das concessões públicas de comunicação por Sarney e o uso do convento das Mercês como sede do Memorial José Sarney.
A eleição de Sarney para a Presidência do Senado pela terceira vez provocou controvérsias no meio político e críticas da imprensa, já que contou apoio de governistas e até oposicionistas que mudaram de voto em última hora.
A revista inglesa The Economist publicou reportagem crítica a esse respeito.
Críticas durante o mandato envolvendo nomeação de parentes em cargos públicos fizeram com que surgisse na Internet (especialmente em blogs e no Twitter) a campanha “Fora Sarney”.
Sarney já havia em 2006, motivado a campanha hostil “Xô Sarney” no Amapá
Sarney, quando ocupava a Presidência da República, foi bastante criticado pelo então candidato Lula. Porém, Lula, em 2009, como presidente, opôs-se abertamente ao movimento pela cassação ou afastamento do seu cargo.
OPERAÇÃO FAKTOR
A Operação Faktor ou Operação Boi Barrica é uma operação da Policia Federal Brasileira que investiga Fernando Sarney, suspeito de fazer caixa dois na campanha de Roseana Sarney na disputa pelo governo do Maranhão em 2006. Antes das eleições, ele sacou 2 milhões de reais em dinheiro.
Fernando Sarney foi indiciado por formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Em conseqüência desta operação a Polícia Federal gravou ligações, mostraram indícios de nepotismo (favorecimento de parentes)
praticados por Sarney onde interveio ao entregar um cargo ao namorado de sua neta, juntamente com Agaciel Maia.
Fernando Sarney foi indiciado por formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Em conseqüência desta operação a Polícia Federal gravou ligações, mostraram indícios de nepotismo (favorecimento de parentes)
praticados por Sarney onde interveio ao entregar um cargo ao namorado de sua neta, juntamente com Agaciel Maia.
CENSURA EM TEMPOS DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO
O jornal O Estado de S. Paulo em 31 de julho de 2009 foi proibido de publicar reportagens sobre a Operação Faktor.
O ato foi realizado pelo desembargador Dácio Vieira a pedido de Fernando Sarney e a multa determinada no descumprimento da decisão é de R$ 150 mil por cada publicação sobre a operação.
O desembargador Dácio Vieira natural de Araguari pertence ao círculo social de Sarney e Agaciel Maia e é ex-consultor jurídico do Senado. Esteve presente no casamento de Mayanna Maia filha de Agaciel, onde Sarney foi padrinho.
Depois da ação de Dácio Vieira, uma série de entidades com a Ordem dos Advogados do Brasil e a Associação Nacional de Jornais repudiaram a ação.
ESCUTAS DA POLÍCIA FEDERAL
Uma seqüência de diálogos gravados pela Polícia Federal com autorização judicial, durante a Operação Boi Barrica, revela a prática de nepotismo explícito pela família Sarney no Senado e amarra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ao ex-diretor-geral Agaciel Maia na prestação de favores concedidos por meio de atos secretos.
Em uma das conversas, o empresário Fernando Sarney, filho do parlamentar, diz à filha, Maria Beatriz Sarney, que mandou Agaciel reservar uma vaga para o namorado dela, Henrique Dias Bernardes.
Em conversa com o filho, alvo da investigação, Sarney caiu na interceptação. Segundo a gravação, o senador se compromete a falar com Agaciel para sacramentar a nomeação. O namorado da neta foi nomeado oito dias depois, por ato secreto.
Em conversa com o filho, alvo da investigação, Sarney caiu na interceptação. Segundo a gravação, o senador se compromete a falar com Agaciel para sacramentar a nomeação. O namorado da neta foi nomeado oito dias depois, por ato secreto.
Ex-presidente do País (1986-1990) e senador desde 2007 pelo PMDB, Sarney voltou ao comando do Senado no início de 2009. Está envolvido com o escândalo dos atos secretos e, inclusive, muitos deles beneficiaram parentes e aliados seus com cargos. Muitos dos atos secretos foram feitos durante os períodos em que Sarney era presidente do Senado, casa que comandou outras duas vezes (1995-1997 e 2003-2005). Foi ele quem indicou João Carlos Zoghbi para a Diretoria de Recursos Humanos do Senado e Agaciel Maia para a Diretoria-Geral do Senado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário